Projeto Canción

quarta-feira, agosto 30, 2006

Haciendo dedo















Saímos de Encarnación e fomos para Posadas, cidade Argentina na fronteira com o Paraguai, com o objetivo de pegar nossa primeira carona, com destino a Santa Fé. "Hacer dedo" é a expressão em espanhol para "pedir carona".
Fizemos nossa plaquinha, ficamos nos revezendo no acostamento com o braço estendido e o dedo levantado e nada. Até que um senhor que estava passando de bicicleta parou e disse: "olha, eu não quero ofender, mas vocês não vão conseguir carona para Santa Fé, muito menos aqui. Peçam carona para Corrientes, que é caminho, e lá vocês tentam ir para Santa Fé. E é melhor vocês irem um pouco mais para frente, porque aqui vai ser difícil."
Pegamos nossas mochilas e fomos caminhando, com a língua de fora, até encontrarmos umas lojinhas de beira de estrada. Mudamos nossa placa, ficamos em posição e nada. Depois de um tempo um carro parou, mas não era para dar carona. "Aqui não é bom para pedir carona, vocês vão ficar parados aí até amanhã. Vocês têm que andar umas quinze quadras e parar logo depois da saída da cidade".
E fomos. O sol já estava se pondo quando chegamos lá. Mas não desistimos. Na casa à frente um senhor admirava o lindo pôr-do-sol alaranjado. Na esquina, na entrada para o aeroporto, um rapaz fazia flexões (!). Carros foram chegando e parando na esquina da frente. Não entendi o que estava acontecendo, depois pude ver que se tratava de uma reunião de amigos atrás do ponto de ônibus da entrada para o aeroporto (!?). A coisa estava ficando surreal. E nada de carona.
Lá pelas oito horas da noite tivemos visita. Era Sergio, um estudante de música de uma faculdade ali perto que veio pegar carona também para Corrientes, onde sua família mora. Também era a primeira vez que pedia carona. Ofereceu cigarros, tocou violão e perguntou se tomávamos mate. À nossa afirmativa ele saiu correndo, foi até a festa-atrás-do-ponto-de-ônibus e voltou con sua térmica cheia de água quente. Ficamos tomando chimarrão até ele ir tentar carona mais para a frente. Nós ficamos. E nada.














Já devia ser tarde, estava frio, sabíamos que deveríamos procurar algum lugar para passar a noite. O Thiago queria acampar, mas eu não achei o lugar que ele sugeriu muito seguro, e ele achou o mesmo do lugar que eu sugeri. Fomos dormir no aeroporto - graças a Deus, caiu o maior temporal de madrugada.
Dormimos mal, comemos mal (comida de aeroporto é muito cara...), mas fomos tentar mais uma vez. Depois de algumas horas na estrada um carro parou. Estávamos os dois em pé, pedindo carona com a mochilona nas costas - uma tentativa desesperada de impressionar. Parece que deu certo. Quase não acreditamos. Eu fui até o carro, e o cara perguntou para onde queríamos ir. Para Corrientes, eu respondi. "Então vamos", disse ele. E desceu do carro para ajudar a guardar as malas.
Era uma caminhoneta fechada. Eu fui atrás e o Thiago foi na frente. Hugo era o nome do motorista. Ele falava português, já tinha viajado oito meses pelo Brasil, numa experiência parecida com a nossa. Agora estava indo visitar seu filho de sete anos. "Se não fosse por ele, eu me mandava para o Brasil", confessou. Acho que ele se reconheceu em nós.
Eu dormi quase todos os 400 km - estava exausta. Ele foi muito legal, passou seu contato para mandarmos notícia e até nos deu de presente um mapa da região sul da América do Sul. Ficamos em Resistencia, logo depois de Corrientes, já na província do Chaco. Tentamos carona para Santa Fé, mas não conseguimos. Seguimos o conselho de um policial que tentou nos ajudar a conseguir carona e ficamos em Resistencia mesmo. "Uma cidade bonita, com muita cultura", disse ele. Nos convenceu. E aqui estamos.



Mi

A música no Paraguai

Nos propomos a conhecer um pouquinho do cenário musical paraguaio. Nosso primeiro alvo foi a banda Aura. Eles tocam rock pesado, muito bem executado. Seu primeiro disco deve sair daqui a alguns meses. Conversamos com Miki, o guitarrista. Segundo ele, as bandas de rock têm bastante dificuldade para encontrar espaço no cenário artístico paraguaio. A música tradicional é valorizada, muitos músicos desse estilo vão tocar na Europa. Mas para o rock a coisa é mais complicada.
Depois foi a vez da homenagem a Demetrio Ortiz. Já comentei o quão lindo foi. E realmente, muitos dos músicos que lá estavam já percorreram a Europa, a Argentina e o Brasil com sua música, além de serem artistas de renome em sua terra.
O próximo foi Kuchy Rei, professor de violão de Miki, da banda Aura. Ele é argentino e vive há trinta anos no Paraguai. "Um homem com muita história para contar", nos disse Miki.
Ele se mostrou muito pessimista quanto ao panorama musical atual e ao futuro da música, tendo em vista essa nova geração. A Indústria Cultural tomou conta. Para lançar um sucesso só se precisa de grana. O talento e a autenticidade parecem ter perdido seu valor. O mercado consome música fácil, que na primeira vez que se ouve já se pode cantar junto e entender seu medíocre significado, que não faz refletir, não toca na ferida – simplesmente entretêm.
Kuchy Rei disse que se tivesse capital para investir lançaria duas bandas, sendo uma dele. "Claro que a minha seria melhor", falou ele meio brincando, meio se gabando. Seriam músicas digeríveis para a população em geral, mas mesmo assim com qualidade, disse ele. "Mas o problema mesmo", desabafa, "é a cachaca". É o ritmo que mais se ouve no Paraguai, popular na Argentina também. Um ritmo dançante, de péssima qualidade musical e letras no mínimo simplistas.
Ele tocou "Garota de Ipanema" e, a meu pedido, uma música paraguaia, acompanhado de um aluno seu. Tocou tão bem, com arranjos tão trabalhados, que me fez acreditar quando disse que os melhores tocadores de violão da cidade foram seus alunos.




Kuchy Rei












Mi

O país da informalidade

Uma característica paraguaia quase sempre esteve presente: a informalidade. Provavelmente se trata do maior índice demográfico de vendedores ambulantes por metro quadrado! Chipas - um tipo de broa bem típica do Paraguai, maçãs, chicletes, óculos escuros, capas de celular, cigarros, ou seja, quase tudo que se pode imaginar sendo vendido nas ruas. E nos ônibus. Os vendedores podem entrar sem pagar passagem, oferecem seu produto e descem. É muito bom quando se está cansado e com fome e aparece um vendedor com chipas quentinhas. Essa é a parte agradável, mas infelizmente as altas taxas de trabalho informal refletem a difícil condição do país, que não é capaz de gerar empregos suficientes para sua população.
O Paraguai é informal também em outro sentido - no jeito de ser do seu povo. Um exemplo: encontramos a filha de Demétrio Ortiz, um tradicional músico paraguaio, numa homenagem a seu pai no museu de Ypacaraí. Ao fim da cerimônia, ela convidou a todos a visitar o museu de seu pai, que ela mantém em sua casa em Assunção. Fomos falar com ela, explicamos que somos brasileiros e que estamos desenvolvendo um projeto sobre a cultura latinoamericana a partir do personagem do músico etc e tal. Ela nos passou seu endereço e telefone, disse que estaria nos esperando no sábado à tarde e pediu para ligarmos para confirmar a visita. Eu liguei no sábado, como marcado, e o marido dela atendeu: "Ah, é a brasileira? Vocês não querem vir aqui hoje à noite, vai ter música, churrasco...", enfim, nós fomos.
Pensamos que não passaria de alguns amigos tomando cerveja e cantando à memória de Demétrio Ortiz; o que foi, no final das contas. Mas nos surpreendemos quando percebemos que estávamos em um jantar com importantes músicos. Tratava-se do aniversário de trinta anos da morte do homenageado. Inclusive maestros paraguaios estavam presentes para tocar a música tradicional paraguaia, e em especial, um pouco da obra de Demétrio Ortiz. Os mais velhos talvez lembrem de "Mis noches sin ti" e "Recuerdos de Ypacaraí", as mais regravadas músicas paraguaias, ambas de Demétrio Ortiz. Aliás, o nosso renomadíssimo Caetano Veloso tem em sua discografia uma versão de "Recuerdos de Ypacaraí".
Harpa, violões, maracas e várias vozes. Não sabíamos se tirávamos fotos ou simplesmente apreciávamos a boa música. Tentamos fazer os dois. E mesmo entre artistas renomados fomos muito, muito bem recebidos. O músico Lucio Marín e sua esposa fizeram questão de me passar o telefone e o endereço de sua casa, para visita-los da próxima vez que estivermos em Assunção. Ele nos contou (algumas vezes, depois de alguns vinhos) da vez que conheceu Pelé, mas concordou comigo que o melhor jogador da história foi de fato Garrincha.
Foi uma noite maravilhosa, que me deixou encantada com a cultura e com o povo paraguaio.



















Mi

Saindo do Paraguai: ruínas e "progresso"

Partimos de Assunção e fomos à Encarnación, na fronteira do Paraguai com a Argentina. Uma pequena cidade, com sinais do "desenvolvimento": supermercados, ruas pavimentadas, praças, etc. As outras cidadezinhas eram mais "roots" - algumas abandonadas, outras com a graça e a paz interioranas. A riqueza de Encarnación vem em grande parte da agricultura, subsidiada pelo governo. O município exporta trigo e soja.
Perto de Encarnación se localizam as ruínas de uma antiga missão jesuítica. Lá as paredes só faltam falar. Provavelmente seriam histórias tristes de um povo que sofreu imposição cultural e religiosa e depois de perder a "proteção" dos jesuítas foi escravizado pelos bandeirantes, aqueles "nobres desbravadores" dos quais ouvimos falar nas aulas de História.
Lindas imagens. Pedras corroídas pelo tempo e estátuas de santos já sem cabeças em contraste com o céu azul, sem uma nuvem sequer. Sóbrio e belo ao mesmo tempo.
Ruínas de todo um tempo, de toda um história e de muito sofrimento. Mas afinal, os jesuítas cumpriram sua missão. Hoje é na América Latina que se concentra o maior rebanho da Santa Madre Igreja Católica. Amém.

















Mi

terça-feira, agosto 22, 2006

Fotos ñanduti




Toalha de ñanduti na feira, bandeira do Paraguai em ñanduti na secretaria de turismo e "patriotismo multinacional" da coca-cola, desenhada em ñanduti.

segunda-feira, agosto 21, 2006

A lenda do ñanduti

*baseado em um conto, lido no Café Literário em Assunção, que por sua vez foi baseado em um lenda guarani.


Um jovem índio, apaixonado e desesperançado. Sua mãe lastima a dor de seu rebento. Ele crê que perdeu de vez a chance de passar a vida ao lado do seu amor.
A moça, demasiado bela, é cobiçada por vários rapazes. Uma anciã, com certa maldade, lhe contou que outro fez à moça a oferenda mais bela - pulseiras e braceletes de um metal branco e brilhante, que segundo dizem, ganhou da própria lua, sua madrinha.
Em desespero, o jovem índio fugiu à floresta, queria esconder-se de seu medo, correr sua dor. Encontrou um tronco tombado, e ao tocá-lo um lindo broto floresceu. Subiu sua vista e se defrontou com um esplendoroso tecido, delicado e brilhante.
O fogo se reascendeu em seu coração - essa seria a oferenda perfeita para sua amada, nada poderia ser mais belo! Mas nesse instante seu rival apareceu. Travou-se o combate pelo amor, a luta foi intensa. O corpo morto parecia deixar certo seu êxito. Seu destino estava traçado.
Ele estendeu sua mão para, finalmente, pegar sua oferenda, mas o caprichoso destino mostrou-se irredutível: o belo emaranhado de fios se desfez em baba, escorrendo por suas mãos.
O sofrimento jamais foi tão grande - não haveria outra oportunidade. Vagou entre árvores até acabarem suas forças.
De volta à casa, caiu em doença; estava febril e falando coisas sem sentido. Sua mãe o acordou, e foram à beira do rio. Ele contou tudo o que passara, e ao final de sua história ela, com muita candura, lhe disse: me leve lá. O jovem encontrou nova esperaça no semblante de sua mãe.
Caminharam. Acharam o corpo, coberto por folhas e vermes. O tecido estava novamente lá. O índio, tomado pelo cansaço da noite anterior, dormiu sobre a relva. Sua mãe, mirando o tecido, agora ainda mais belo ao refletir a luz do sol, pegou suas linhas e foi tecendo, copiando o modelo.
Quando seu filho despertou, viu um lindo vestido nos braços de sua mãe - o mais lindo que já pudera haver. Agora sim sua alegria era completa. Teve certeza que seria feliz, ao lado da sua adorada índia.
Hoje este artesanato é tradição guarani, símbolo da cultura paraguaia. O ñanduti se encontra nas feiras, nas ruas e nas casas de cultura. Ñandu é como os índios guaranis chamam a aranha, ñanduti, sua teia.




Mi

sexta-feira, agosto 18, 2006

Reflexao intensa e subjetiva

É uma tarefa muito árdua a que nos estamos propondo: perceber e refletir culturas. A subjetividade da vida me surpreende, me assusta, e acima de tudo me fascina. Como posso transmitir algo que só eu percebo? Como posso chamar meu ponto de vista de realidade? Quem sou eu para julgar, mesmo que nesse caso o julgamento tenha aspecto de análise?
Conhecer a dor, a luta e a força dos Sem-Terra já mudou a cor de meus olhos. Quem dirá um ano cruzando continentes?! Já fui muitas Micheles, ainda encarnarei muitas outras, até chegar a ser nenhuma. Queria apreender a alma do povo paraguaio, mas nem sei se tal coisa existe - fronteiras artificiais que separam os homens são romantizadas e enaltecidas, mas no fim geram mais guerras que unidades.
Sei que quero conhecer pessoas; sentir o outro - quem sabe até ser o outro, descobrir terras nunca dantes desbravadas dentro de mim. Sei que há uma hegemonia parasita mundial. Acredito na união latino-americana para que tenhamos autonomia e possibilidade. Mas a revolução, aquela que sensibilizará a mesquinhez da Terra (ou terra) não se fará com armas. A verdadeira revolução se dará (ou, infelizmente, não) na consciência. As armas não acabam com o medo e o egoísmo. O auto e alter conhecimento, creio que sim.
Estou abrindo minha pele, expondo minhas entranhas - no meio de tantos questionamentos, esse é agora meu norte. Mas minha bússula é caprichosa (ou despretenciosa) e pode apontar sua seta para qualquer direção a qualquer momento.

















Mi

quinta-feira, agosto 17, 2006

Fotos - Ypacarai e Aregua






Museu em Ypacarai e artesanato típico em Aregua, uma pacata cidade do interior.

Querido e pobre Paraguai

Hoje fomos a duas cidades próximas, Areguá e Ypacaraí. Areguá é a capital do departamento central (os departamentos são equivalentes aos estados no Brasil), o mesmo ao qual pertence Assunção, a capital federal. Ironicamente não passa de uma vila, uma cidadezinha típica de interior, constituída por uma praça, uma igreja, a prefeitura e poucas ruas. Muito charmosa, é repleta de artesananto típico, construções pertencentes ao Patrimônio Histórico Cultural e uma gente muito receptiva. É também conhecida como "a cidade do morango".
Quanto a Ypacaraí, não se pode dizer o mesmo. Uma cidade sem muitos atrativos, mas o povo, como a maioria dos paraguaios com quem tive contato, é muito receptivo. Com poucas exceções, como Assunção e Cidade de Leste, os municípios paraguaios são pequenos e pouco desenvolvidos.
Existem somente duas rodovias no país, e todas as cidades localizam-se às suas margens. Beirando Assunção, várias cidades compõem a região metropolitana. Todas residenciais, alimentam-se da capital. Uma delas é Lambaré, onde estamos hospedados na casa da Ali.
A divisão das classes sociais é nítida: pelo modo de vestir, de agir e de falar - em grande parte devido à influência do guarani. Nos colégios elitizados, os estudantes são repreendidos quando usam expressões em guarani. Os pertencentes às classes sociais mais baixas têm o guarani como língua-mãe, e mesmo quando aprendem o espanhol suas origens continuam aparentes. Eles são discriminados, não conseguem bons empregos. Nem mesmo podem ser telefonistas ou atendentes, porque não são considerados apresentáveis.
O espantoso é que grande parte da população não fala o espanhol, o que demonstra quão estreitas são as portas da ascensão social. Os únicos que têm chance são aqueles que, por sua aparência, passam por ricos e modernos. Mesmo aqueles que têm um bom nível de econômico, mas moram no interior, pertencem a um diferente nível social. É uma questão de se saber portar - "ter classe".
O que mais me assusta é que a situação brasileira nunca se desenhou tão claramente para mim. O cenário social é o mesmo, com exceção do "fator guarani". Os pobres estão fadados a um penoso destino, a não ser que "se disfarcem" de ricos. Triste, mas real.
Aqui a corrupção é firmemente institucionalizada (mais semelhanças...). O ex-ditador Stroessner morreu, mas a hegemonia do Partido Colorado continua, assim como a concentração de renda, o subdesenvolvimento, as situações precárias de educação e saúde, os problemas de infra-estrutura e a ineficácia do governo. Infelizmente são essas as expectativas para os países latino-americanos. Um povo com uma cultura tão rica, marcado pela exploração histórica e pela desorganização.
















Mi

domingo, agosto 13, 2006

Enfim, Assunción

Depois de meses na expectativa da viagem, nos encontramos nessa cidade quente, que não sei porque me faz pensar no Brasil há uns trinta anos atrás - engraçado, memória de uma época que não vivi.
Estou numa sorveteria, onde a Ali trabalha - inclusive aos domingos! Ela deixou o seu posto para nos buscar na rodoviária e cá estamos.
Consegui o contato da Ali com uma amiga que mora em Floripa e é presidente de um comitê da AFS; ela recebeu a Ali por alguns dias em sua casa. Pelo pouco que já conversamos, pude ver que é uma pessoa muito hospitaleira e dedicada.
Graças a Deus enfiei as roupas de frio bem no fundo na hora de arrumar a mala. 37º C. Acho que vou tomar um sorvete.


Mi

quinta-feira, agosto 10, 2006

Borboletas no estômago

Ontem estava lendo um livro no Express Café - o cara saiu de Curitiba para percorrer alguns países na América do Sul, e definiu bem esse sentimento pré-partida: borboletas no estômago.
Correria, dúvidas, procuração, saco de dormir, câmera digital e frutas secas para viagem - detalhes que parecem infinitos, cronograma apertado nesses últimos dias no aconchego do lar.

No mais, estou indo embora...


Mi